sexta-feira, 12 de abril de 2013

Justificativa

     

     As intoxicações por plantas medicinais é atualmente a terceira maior causa de intoxicações no Brasil, ficando atrás somente de intoxicações por medicamentos e agrotóxicos. O acometimento desses casos de intoxicações se deve por parte, ao fato de que existe uma grande biodiversidade de plantas medicinais em nosso país, o acesso facilitado da população associado a falta de conhecimento sobre seus efeitos tóxicos e também o fator cultural que esboça que "o que é natural não faz mal".
     Vários estudos já foram realizados expondo a relevância de conhecer os efeitos tóxicos e suas consequências, porém, estudos complementares são necessários pois a ocorrência de casos relatados é bastante significante, mostrando assim a importância da educação preventiva tanto para a população quanto aos profissionais de saúde. 

sábado, 6 de abril de 2013

Fichamento


Farmacovigilância e reações adversas às plantas medicinais e 
fitoterápicos: uma realidade

Patrícia Fernandes da Silveira,
Mary Anne Medeiros Bandeira,
Paulo Sérgio Dourado Arrais

Departamento de Farmácia, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, 60430-160 Fortaleza-CE, Brasil.



  • As plantas medicinais são utilizadas por automedicação e maior parte da população não conhece sobre seus efeitos tóxicos.
  • Atualmente estão sendo incorporadas ao Programa de Fitoterapia por serem consideradas como uma fonte terapêutica eficaz e barata.
  • Em países como Reino Unido e Alemanha, várias plantas medicinais foram submetidas à farmacovigilância e várias delas foram retiradas do mercado por possuírem alto efeito tóxico e portanto risco a saúde do ser humano.
  • Segundo a OMS cerca de 80% da população, principalmente de países em desenvolvimento, fazem uso e acreditam nos benefícios das plantas medicinais para cura de suas doenças. Porém desconhecem seus efeitos adversos e perfil toxicológico. 
  • Mais de 5000 suspeitas intoxicações relacionadas ao uso de ervas foram informadas a OMS antes de 1996.
  • No ano de 2002, 1728 casos de intoxicação humana por plantas medicinais foram registradas pelo SINITOX.
  • O aumento do risco de toxicidade humana quando utilizado juntamente com medicina ortodoxa ocorre porque as plantas medicinais são utilizados em idades extremas, durante a gravidez e presença de doenças crônicas que interferem no metabolismo (Pinn, 2001). 
  •  Em 2002, o FDA alertou sobre a ocorrência de 25 casos de toxicidade hepática  na Alemanha e na Suíça relacionadas ao uso de  cavalinha (Teucrium chamaedrys L..), confrei (Symphytum offi cinale L.), valeriana (Valeriana offi cinalis L.), escuteária chinesa (Scutellaria ser baicalensis Georgi), aloe vera (Aloe barbadensis Mill.).
  • Observando-se o grande número de casos de intoxicações relacionadas à ingestão de plantas medicinais, pode se dizer que é necessária uma farmacovigilância ativa entre os profissionais de saúde.